terça-feira, 27 de julho de 2010

Pelo direito de não ter um certo direito

Sem mais delongas, vamos recomeçar!

Eu disse ao Julio (e muita gente é assim também) que escrevo melhor quando tenho coisas me "encucando", incomodando, fazendo-me pensar para chegar a uma conclusão e, com sorte, entender.

Eu gosto das verdades e gosto das mentiras necessárias, gosto do escuro e gosto do claro, gosto de balada e gosto de ficar em casa, gosto de livros e gosto de jogos. Eu gosto. Até de matemática eu não consigo dizer que odeio. (acaso alguém já assistiu NUMB3RS, no A&E?)

Queria contar algumas verdades:

1° O Julio não vê o problema dos outros, é egoista
2º A Isadora só fala dela, é egocêntrica
3º O Rodrigo é anti-ético 99,9% das vezes
4º O João não aceita opiniões, é intransigente
5° O Manoel acha que a vida é uma festa, é inconsequente
6º A Fernanda é cínica
7° A Marina acha que o mundo inteiro está a sua disposição, é abusada

Vou parar de escrever antes que apanhe

Essas pessoas que eu citei sabem (e eu sei também, é óbvio) que tudo que eu disse é mentira. Uma mentira sem tamanho, absurda.
Mas, e se eu realmente achasse que essas pessoas são de fato assim, eu teria o direito de dizer a elas tudo isso?
Não, eu não tenho e não quero ter.
E eu uso a palavra direito porque muita gente acha que só porque conhece (ou acha que conhece) alguém tem esse estranho direito de despejar coisas na cara do colega. N ã o t e m. Ninguém tem. Talvez as mães, mas acho que elas sabem que não se deve.

Talvez para alguns venha a mente uma justificativa para essas tais verdades jogadas desse jeito que se é amigo, amigo que é amigo fala tudo mesmo. NÃO. Como poderia alguém que diz te querer bem te olhar e dizer "olha, você é egocêntrico, individualista, prepotente e o diabo" ?? What a fuck, men! Se isso passa pela cabeça de alguém, é algo que esse alguém pensa, precisa compartilhar não, é sério. Passa pela cabeça das pessoas o quanto uma frase mal pensada pode magoar? Pela minha passa, e é por isso que eu tento ficar em silêncio.

É insensato declarar verdades assim. As verdades são diferentes para cada um. O jeito que eu vejo o Julio, a Marina, o Manoel, ou quem quer que seja nunca será o mesmo jeito que outra pessoa vê. Há alguma maneira de conhecer alguém por completo? Acho que levando em consideração que as pessoas tem o livre arbítrio para mudar de opinião, crenças, gostos e verdades até, não há como conhecer uma pessoa por completo para sempre, até o infinito e além. Se isso procede, não tem como uma pessoa ser igual para duas pessoas que veêm lados diferentes do tal amigo em comum.


É incrível como o homem consegue complicar a vida. E eu pergunto por quê. A vida mais fácil é ruim? Acho que tem gente que tem dom para atar nós, mas isso já é assunto pra outro post ;)

A Betina adora a vida do jeito não complicado, e você?