segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Milhões de frases sem nenhuma cor

(Relicário - Nando Reis)
Vamos lá: 'Ah, é ação e reação né?', 'escreveu, não leu, o pau comeu', 'ser ou não ser, eis a questão', 'virar a página', 'união faz a força', 'eu posso explicar', 'é a crise', 'culpa da sociedade capitalista'...

Familiar alguma coisa assim? Já ouviu? Já disse? Já entendeu a fundo algum deles? É provável que sim, sim, sim e não, mas o meu objetivo hoje não é esse. Por amor a língua veio-me a vontade de entender como e por quê algumas frases viram clichês.
Tornou-se estranho para mim ouvir qualquer desses clichês em meio a frases e contextos que deixam aquele pequeno fragmento sem sentido algum. Mas o que há, afinal? É tão divertido assim dizer E não saber o que se está dizendo? Alguém já algum dia leu tudo que Shakespeare diz nessa cena de Hamlet? (não né, uma só frase já basta para entender tudo, é isso?)
E além de todas essas frases que nos acompanham há anos, agora chegam aquelas cometas, que chegarão e logo, logo irão embora. Quer um exemplo clássico: tik, are baba. Precisa de mais?
É incrível como coisas que antes tinham todo um fundamento, um sentido e até algo para aprender e levar para a vida ao longo das "bocas" vão perdendo a graça, a sintonia e até a 'utilidade'. E por antes serem frases tão lindas e significativas que me entristecem.
E lamento muito decepcionar, mas até o nosso lindo e mágico te amo não está menos clichê e sem razão do que qualquer um desses que citei acima, lamento. Não peço para que concordem feito aqueles figurantes do Casseta e Planeta® que só ficam balancando a cabeça feito alienados, porque em momento algum o objetivo desse blog foi alienar alguém (aliás peço algumas linhas para dizer o que eu desejo com tudo isso aqui. Quero compartilhar com quem acessa, seja por vontade ou por muita insistência minha, coisas que vivo, vejo ou que percebo(que não deixa de ser uma vivência) que pode ser que mais alguém tenha sentido, ouvido ou percebido o mesmo que eu. Há tanta gente nesse mundo e eu já ouvi de outras pessoas ideias e comentários sobre quais coisas que concordo e imagino que ja tenham ouvido de mim coisas que vocês concordem também. Por que não dividir? E é claro que a magia das letras me fascina de um modo indescritível).
Gostaria que refletissem sobre o significado de cada palavra, de cada vírgula, de cada sentença. E não falo para que haja menos pessoas no mundo falando 'menas laranjas'. Falo para que quando uma frase com completo sentido saia da boca de alguém, saia com sabor e com confiança no que diz. E ao chegar aos ouvidos de outro alguém, que não chegem como números de bingo que são tirados aleatoriamente e façam duvidar de quem proferiu as citadas palavras. E assim dar vida aos dias, as sensações, aos sorrisos, aos gestos, aos pensamentos. Dar vida a própria vida

Sou adepta da frase: saber não ocupa espaço. Lá vai um conhecimento express:

(coloque sua frase clichê Shakespeariana aqui) Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz, ou
pegar-me em armas contra o mar de angústias - e, combatendo-o, dar-lhe fim?

Morrer; dormir; Só isso.
E com sono - dizem - extinguir dores do coração e as mil mazelas naturais a
que a carne é sujeita; eis uma consumação ardentemente desejável.

Morrer - dormir - dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos
que hão de vir no sono da morte quando tivermos escapado ao tumulto vital
nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão que dá à desventura uma vida tão longa.

Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo, a afronta do
opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado,
as delongas da lei, a prepotência do mando e o achincalhe que o mérito
paciente recebe dos inúteis, podendo ele próprio encontrar seu repouso
com um simples punhal?

Quem agüentaria fardos gemendo e suando numa vida servil, senão porque
o terror de alguma coisa após a morte - o país não descoberto, de cujos
confins não voltou jamais nenhum viajante - nos confunde a vontade, nos
faz preferir e suportar os males que já temos, a fugirmos para outros que desconhecemos?

E assim a reflexão faz todos nós covardes.
E assim o matiz natural da decisão se transforma no doentio pálido do pensamento.
E empreitadas de vigor e coragem, refletidas demais, saem de seu caminho, perdem o nome de ação.
(Hamlet, Ato III, cena 1)

E então? Agora o "Ser ou não ser..." fez sentido?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

E o prêmio de cego do ano vai para...

Hoje comecei a fazer uma lista mental de ditados populares a partir de um que o Cláudio falou hoje de manhã: negro não ajuda negro (isso é um ditado popular?/dúvida)
Achei beeeeeem pisadinha, mas voltando ao assunto...

Aí lembrei daquele: é errando que a gente aprende (discordo, é errando que a gente toma no c* mesmo, só pode ._.)

Ok, blz. Acabou a aula e fui andando na rua. Eis que do outro lado da rua mais a frente eu vejo meu amigo cujo nome não vem ao caso (mas citou o Cláudio ._. hey o blog é meu ou é seu?/grossa). E eu bem serelepe e abusante pego o meu lindo e quebrado celular e ligo pra ele e fico olhando-o. E o que ele me faz? Olha no visor do celular e RE-COLOCA(fica assim com a nova regra né?) o celular no bolso, me deixando pendurada naquela merda. E o que eu faço? Nada. É, eu finjo que nada é nada. E o que isso tem a ver com os ditados populares? Bom, eu não sei se é um ditado popular mas eu sempre soube que: o pior cego é aquele que não quer ver.

E bom, qual a moral? (a moral é que eu sou uma retardada que finge que não vê pra evitar uma mágoa que inevitavelmente já está instalada e eu merecia uns tapas na cara pra aprender a fazer o certo e não a desviar do caminho doloroso mas porém benéfico a longo prazo)

A moral é que nós como fracos e vulneráveis seres que somos por muitas vezes encontramos situações em que há o caminho certo que no fim, porém só no fim, dará certo e o caminho errado que por algum motivo é adocicado e agradável se assim for a nossa vontade, mas que no final vai estar tão azedo e insuportável que fará com que o bom começo seja esquecido. E quando é o caminho adocicado que escolhemos, por vezes a culpa nos corrói mas mesmo assim não mudamos.
Então não se culpe se está escrito na testa do seu amigo "IDIOTA" e você já ter dito a ele, acostume-se com o fato de que ele não quer ver e só verá quando quiser. E também não se culpe se por ventura ve-lo chorar no futuro, ele escolheu. E por favor não diga: eu avisei você não quis me ouvir bem feito em vez de me ouvir e (sermão de uma hora e meia). Isso não ajuda em nada, é sério .-. E (mais um "e" ¬¬) se ele disser "eu estou feliz" não duvide. É bem provável que ele esteja feliz, mesmo sabendo que no futuro isso não vai mais existir. Mas, acontece nas melhores famílias (e com os melhores blogueiros). E pra provar o quão fracos todos nós somos aí vai a sugestão de um filme que eu A-DO-RO: O advogado do diabo. Tá, eu sei que o filme é antiguinho, mas continua com a mesma qualidade, ué.
Mesmo errando, eu não consigo sair do caminho adocicado. Prometo tentar mudar só mais uma vez, aí desisto pra ver se me torno pelo menos um bom exemplo, porque um mau exemplo pra algumas coisas eu já sou.

E afinal, pra quem você daria o prêmio de cego do ano? Eu indico esse lindo troféu bundão para: (há, não digo :D)

Ps.: óóóó que irado, agora tem até imagem (H)

sábado, 15 de agosto de 2009

It’s wrong and it’s right

…it’s black and it’s white. We fight, we break up. We kiss, we make up \o/
Ok, parei ._.
O título foi só para dar a ideia de oposição.
Oposição do que se quer e o que se deve. Da vontade e da necessidade. Da chegada e da partida. Do ficar e do fugir.
Coisas assim, que por tantas vezes passam por nossa cabeça e por nosso coração, e cada um deles deseja uma coisa diferente. E ficamos nessa instável sensação que queremos tanto algo, mas sabemos que não é o correto para aquele momento.
Falo isso porque agora estou em um lugar que os que necessitam ficar não estão bem de saúde (não, eu não morri e estou prestes a ir para o além) (sacou onde eu tô?)
E isso acontece não só em situações mais delicadas. Acontece com coisas simples como querer ir a um lugar que racionalmente sabemos que não devemos ir, comer alguma coisa que no final das contas nos fará mal, escrever coisas que no fundo sabemos que não tem muito sentido (como isso aqui o.o) ps.:AIHEUIEHUIEHEUIHAEUI
E o pior de tudo não é ter dentro de si essas situações confrontantes. É ficar com uma estranha e bagunçada sensação de alguma coisa que não há como definir (venho tentando definir a minha sensação desde o dia 6 e não encontrei resposta, alguma sugestão?).
Às vezes, ficamos tão perdidos... mas perdidos em relação a quê? A quem? É estranho e confunde tanto que ficamos com mais nós na cabeça do que eu suponho que já tenhamos (cabeça, e não cabelo, coléééga). Torna-se cada vez mais difícil encontrar alguma distração, apoio, solução. É como se tudo isso se tornasse inexistente ou escasso.
E como se não bastasse, durante todo esse conflito interno o tempo se transforma naquele fantasma do desenho do Mickey que arrasta uma corrente presa aos vulgos pés e que na outra ponta tem uma bola de ferro que ele tem que carregar. O tempo não passa, se arrasta. É como se a cada segundo que passa um décimo de segundo voltasse no tempo, fazendo ele demorar cada vez mais. Vira eternidade.
No meu conflito atual a forma que encontrei para marcar a passagem desse tempo(fdp) infinito são os horários de comida (NOOOOOOOVAS) e agradeço por ter alguma forma de marca-lo.
Mas, para alívio de todos, essa briga interna de cachorro grande tem prazo para acabar. Algumas vezes esse prazo tem momento real para acabar, outras ele simplesmente se vai e não nos damos conta que o tormento já acabou e a razão e a emoção(NX Zero -n) podem finalmente ter e nos dar descanso.
Bom, e para tentar explicar tudo isso de uma forma poética, aí vai
Cheiro de tristeza, de saudade, de angústia, de dor
Cheiro de cansaço, de impaciência, de tédio
Cheiro de vontade de ir embora, de vontade de ficar mais um pouco, de desespero
Cheiro de medo

Mas aroma de carinho, de cuidado
Aroma de esperança, de fé, de milagre
Aroma de sorrisos, de vitórias, de distração
Aroma do acolher de quem nunca vimos na vida
Aroma de amor, sem medidas e sem unidade

É sempre assim, tem o jeito de quem quer coisas simples e quem espera por uma luz
De quem sente saudade de casa e faz daqui a sua casa
De quem entra e sabe quando sai, e de quem não sabia que ia entrar e tampouco sabe quando sairá
Tem cheiro de tudo, e contrapondo a cheiros que parecem insuportáveis, angustiantes, tem o aroma de tudo que faz bem e conforta, traz paz apesar da aparente guerra.

Desde que fiquei sabendo do que estaria por vir, armei meus cavaleiros e convoquei ajuda dos aliados(amigos tão queridos). E você? Como andam suas armas? E seus aliados estão devidamente prontos a lutar junto? Minha batalha acaba dia 20. E a sua?

domingo, 2 de agosto de 2009

Carinho gostoso, amor venenoso

Pra já começar no pico: amor + personalidade forte = ciúmes = choro = briga = raiva = carinhas tristes = ? (aí depende né)
Não sei bem o que escrever aqui, só que preciso (porque isso aqui tá abandonado de novo porque eu sou uma desleixada) porque tem alguma coisa presa que eu preciso passar prux culéga que passam pelo mesmo perrengue que eu cada vez que algum fdp resolve mexer os pauzinhos e fazer você tem bloqueios racionais e ter a.d.p’s por coisas retardadas.
Preciso dizer de antemão que eu não era assim. Só fui uma época da minha vida, lá pelos 12, 13 anos quando eu achava que era gente. Depois passou e desde o começo(lê-se BEM o começo) de julho eu voltei a esse estágio que beira a época das cavernas, eu diria. Aí o Diogo vem e me diz que Fulana não é assim, valeeu heeem. Mas eu sou, e espero que passe. Por quê? Porque eu paro de raciocinar, fico vulnerável e idiota. Mas será que isso só acontece comigo?
É tão fácil entrar nesse caminho/modo de vida/carinho/opção,(do que você chamaria? Eu chamo de jogo) mas e pra sair? Aí o bicho pega, bate aquele nervoso e fica perdido feito cego em tiroteio. Fico sem saber se faço isso ou aquilo, se falo ou não falo, se pergunto ou deixo fluir, se ligo ou espero. Fico num jogo de SE que quase me mata.
Mas essas dúvidas nem são o pior de tudo (ou caga ou sai da moita né raça? HEUAHUIEAHUEAIHEAUIEH) o que me tira do sério é aquele bichinho que não é digno: a droga do ciúme. Sempre fui assim obsessiva, compulsiva, possessiva e entendo que isso as vezes irrita e enche o saco mesmo, mas quem nunca deu pití por alguma coisa que aos olhos de outro não fazia sentido?
E como se isso tudo não fosse suficiente, eu lembro que quando é o dito cujo que dá ataque de ciúmes eu acho bonitinho e fico mais abestada. OOOOO VIDA. E eu e essa minha boca grande ainda contamos isso pro referido, inteligência tá de férias né? E pra passar esse terremoto todo só na base da paciência, da conversa, do carinho ou do choro (no meu caso HAHA)
E eu ainda tenho a coragem de admitir que acho tudo isso muito estranho, porque ATORON um terremoto, uma mexidinha, mas fazer o que? Pimenta no (cu) olho dos outros é refresco né?

Mesmo assim é nessas mexidas que o jogo tem graça, tem vontade, desejo, veneno. É o que te vicia, que te faz querer jogar os dados o tempo todo e arriscar tudo só pra ver até onde o seu peão consegue ir nesse tabuleiro abstrato. (-q)
Mas enrolei e não disse nada com coisa nenhuma, imagino (2:30 da manhã é complicado), mas alguém pode rir comigo e admitir que fica assim abobado também?
Fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim o/


Beijo pra quem perde tempo aqui (brincadeira) e pra noor dos meus olhos