terça-feira, 27 de julho de 2010

Pelo direito de não ter um certo direito

Sem mais delongas, vamos recomeçar!

Eu disse ao Julio (e muita gente é assim também) que escrevo melhor quando tenho coisas me "encucando", incomodando, fazendo-me pensar para chegar a uma conclusão e, com sorte, entender.

Eu gosto das verdades e gosto das mentiras necessárias, gosto do escuro e gosto do claro, gosto de balada e gosto de ficar em casa, gosto de livros e gosto de jogos. Eu gosto. Até de matemática eu não consigo dizer que odeio. (acaso alguém já assistiu NUMB3RS, no A&E?)

Queria contar algumas verdades:

1° O Julio não vê o problema dos outros, é egoista
2º A Isadora só fala dela, é egocêntrica
3º O Rodrigo é anti-ético 99,9% das vezes
4º O João não aceita opiniões, é intransigente
5° O Manoel acha que a vida é uma festa, é inconsequente
6º A Fernanda é cínica
7° A Marina acha que o mundo inteiro está a sua disposição, é abusada

Vou parar de escrever antes que apanhe

Essas pessoas que eu citei sabem (e eu sei também, é óbvio) que tudo que eu disse é mentira. Uma mentira sem tamanho, absurda.
Mas, e se eu realmente achasse que essas pessoas são de fato assim, eu teria o direito de dizer a elas tudo isso?
Não, eu não tenho e não quero ter.
E eu uso a palavra direito porque muita gente acha que só porque conhece (ou acha que conhece) alguém tem esse estranho direito de despejar coisas na cara do colega. N ã o t e m. Ninguém tem. Talvez as mães, mas acho que elas sabem que não se deve.

Talvez para alguns venha a mente uma justificativa para essas tais verdades jogadas desse jeito que se é amigo, amigo que é amigo fala tudo mesmo. NÃO. Como poderia alguém que diz te querer bem te olhar e dizer "olha, você é egocêntrico, individualista, prepotente e o diabo" ?? What a fuck, men! Se isso passa pela cabeça de alguém, é algo que esse alguém pensa, precisa compartilhar não, é sério. Passa pela cabeça das pessoas o quanto uma frase mal pensada pode magoar? Pela minha passa, e é por isso que eu tento ficar em silêncio.

É insensato declarar verdades assim. As verdades são diferentes para cada um. O jeito que eu vejo o Julio, a Marina, o Manoel, ou quem quer que seja nunca será o mesmo jeito que outra pessoa vê. Há alguma maneira de conhecer alguém por completo? Acho que levando em consideração que as pessoas tem o livre arbítrio para mudar de opinião, crenças, gostos e verdades até, não há como conhecer uma pessoa por completo para sempre, até o infinito e além. Se isso procede, não tem como uma pessoa ser igual para duas pessoas que veêm lados diferentes do tal amigo em comum.


É incrível como o homem consegue complicar a vida. E eu pergunto por quê. A vida mais fácil é ruim? Acho que tem gente que tem dom para atar nós, mas isso já é assunto pra outro post ;)

A Betina adora a vida do jeito não complicado, e você?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Estalos

Nothing's gonna harm you, not while I'm around.
Nothing's gonna harm you, no sir, not while I'm around.
Demons are prowling everywhere, nowadays,
I'll send 'em howling,
I don't care, I got ways.
No one's gonna hurt you,
No one's gonna dare.
Others can desert you,
Not to worry, whistle,
I'll be there.
Demons'll charm you with a smile, for a while,
But in time...Nothing can harm you
Not while I'm around...
Being close and being clever
Ain't like being true
I don't need to,
I would never hide a thing from you

Desculpe se eu esqueci que você ainda é um menino.
Desculpe se eu coloquei em você o fardo cansado do homem, acorrentando você às responsabilidades, à pressão do relógio, ao girar veloz do mundo bem debaixo dos seus pés; e achei que você estava completamente pronto para carregá-lo sozinho, sem ninguém, sem mim.
Sabe, você e eu, nós temos o mesmo "porém": querer crescer, amadurecer a todo custo e consequência. A culpa não é nossa, você também não quis que o mundo acelerasse e deixasse todos nós ainda de olhos deslumbrados para trás, cristalizando o mel da sua voz e roubando sem piedade a ternura dos seus olhos.
Eu sei - e de novo errei ao imaginar que você soubesse também - que não há justiça com aqueles que não podem ser soltos ao vão, levantar-se e aprender para acompanhar todos que já tiveram que aprender também, mas se esqueceram do quão difícil é subir uma escada íngreme sem corrimão.
Desculpe se achei que você pudesse preencher as minhas lacunas e reparar as minhas feridas. Como eu disse, são minhas, não são suas. Perdão. Mais uma vez eu achei que você era tão maior que eu que teria todas as respostas que eu não consigo por incompetência ou falta de experiência encontrar. Como pode um menino cuidar de outra menina?! Deveria poder, tem que poder.
Eu nunca vou te chamar de menino. E ferir esse seu orgulho de criança de que já é homem? Jamais, isso é tão engraçado olhando assim (assim como se olha um menino).
Eu sempre tive olhos de menina quando o assunto era você. Você era, se é que isto é possível, o inalcançável bem no meio das minhas mãos. E ao tentar chegar o mais perto de tudo que eu gostei em você eu quis amadurecer, e consegui em partes. Em partes porque todos aqueles que não buscaram pelo amadurecimento não me reconheceram mais, não viram mais o meu brilho de menina. Mas, oh, você sabe que eu ainda tenho esse briho, não sabe? Sabe que eu ainda olho o mundo com os olhos coloridos, olhos que eu não encontro mais em você. Olhos de homem em uma mente de menino.
Eu só espero que eu, mesmo assim menina tentando ser sólida (a mesma rigidez que eu vejo você) possa acolher você, possa te mostrar que nem tudo são espinhos, pedras, cinzas. Espero que eu possa acompanhar você amadurecer e ainda estar nos teus sorrisos de homem, que tenho certeza que serão muito mais bonitos do que os sorrisos de agora.

“Beijo, cuide-se (porque eu não posso cuidar de você a todo tempo)”

terça-feira, 18 de maio de 2010

Leão versus homem de lata

ATENÇÃO: MUITA COISA NÃO FARÁ SENTIDO, SE VOCÊ NÃO SOUBER LER NAS ENTRELINHAS OU TIVER SENSIBILIDADE, NÃO LEIA. OBRIGADA BEIJOS TCHAU
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.

Dizem que para gravar alguma coisa é preciso dizer oito vezes, então...
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
A única maneira de não se decepcionar é nunca esperar nada.
Espero que eu tenha gravado.
Mas eu sei que não gravei. Por mais que ao longo de dois longos anos eu tenha aprendido a ser mais racional e não deixar com que o coração tomasse as rédeas ao seu bel prazer, ele ainda teima a sair a frente das situações em que ele deveria dar uma de João-sem-braço.
E ele, assim metidinho e querendo ser dono da situação, dispara quando não deve disparar e se acalma quando eu achava que ele fosse galopar dentro do peito tentando saltar para fora da boca. E esse mesmo coração é que não dá ouvidos a minha maldita razão e cria expectativas o tempo inteiro sobre tudo, sobre como vai ser, onde vou estar, o que acontecerá e até o que eu vou sentir. Resumindo: ele me complica a vida um bocado!
E se não é esse compasso descompassado, é a minha razão que não sabe tomar as rédeas e, baseada em experiências anteriores, impedir que eu quebre a cara de novo, que eu acredite na esperança que me invade, que eu veja magia e colorido num mundo que bem sei que não é assim só de flores. É uma razão presentemente ausente quando eu preciso dela, para que ela guie meus passos, meus olhos, minhas mãos, minhas emoções, meu corpo...
Ah, e o corpo! Aquele que, quando quer, é tão mais forte que a razão e que o coração alucinado. Que trai triplamente: o coração, que acreditava saber segurar a carne, a razão, que vem aprendendo a ser mais forte e mais presente, e a mim que achava que ele nunca me denunciaria deste jeito. Mas que grande traíra um corpo pode ser. Mas que ardiloso ele é ao proporcionar ao coração e a razão sensações novas que são tão deliciosamente exploradas.

(...)

Estas são batalhas inconscientes e diárias, daquelas que ninguém pode evitar. Nem mesmo um corpo acomodado. Nem mesmo uma razão enfraquecida. Nem mesmo um coração de pedra.
É a eterna dúvida de: caso ou compro uma bicicleta versão 2.0. Porque além de casamento, é preciso escolher com quem, a decoração, as cores, o dia, a roupa, e se for uma bicicleta é preciso escolher a cor, o modelo, o número de marchas, o tamanho do banco, se quer cadeado e/ou cestinha... P.A. ou P.G.? (tá, foi mal)
Neste emaranhado de brigas internas é necessário que eu lembre que, por mais que demore, por mais que a beira do abismo chegue a ponta dos pés, mais cedo ou mais tarde os trilhos voltam para o trem, ou o trem volta para os trilhos porque a esta altura do campeonato não dar o braço a torcer é besteira e dói em ambos os lados. Lamento se, como eu, a espera for algo torturante, se ter que esperar o desenrolar dos fatos por si só for algo angustiante e que chega por vezes ao auge do nervosismo.
A vida é feita de escolhas, e todas elas refletem em alguém (não consegui pensar em nada que fuja a isto). E para aqueles que tem esse lado emocional tão alto e autoritário como o meu, a pergunta: 'o que o seu coração manda' já chegou aos ouvidos pelo menos uma vez. Aí o maldito resolver simplesmente, depois de dar ataques provocando um ataque histérico como consequência, não se manifestar mais. Cala-se por completo, como se dissesse: não reclamou tanto? Se fode aí sem mim agora.
Mas não é tão fácil deixar que um dos lados assuma ou aceitar que o corpo iniba os dois e toque o barco sozinho. Ser racional demais às vezes deixa nossos olhos gélidos, mesmo que o sorriso aparente confiança ressentida. Ser emocional demais às vezes nos torna influenciável demais e tão menos pés no chão. Mil vezes o mundo nos joga isso na cara e mil vezes tudo dá errado.
É tão bom estar no alto e segurar a mão de quem nos traz ao chão, aquele porto seguro tão sério e sempre tão disposto a secar as lágrimas de um coração desenfreado. É tão bom ter olhos cansados e ter alguém pra fazer carinho ao invés de medicar, arrancando um sorriso de um coração forçado pelo mundo e pelas escolhas a ser reprimido.

Logo, o título desta postagem não está tão certo. Vale muito mais o leão e o homem de lata trabalhando juntos do que montando conflitos. E o corpo? Ah, ele que pare de me constranger

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sem futilidades, por favor

(momento tirar teias de aranha)

Domingo foi dia das mamuskas (aeeeeee ) e eu fui almoçar na casa da minha avó e depois tomar café na casa da outra avó, e como a ocasião era mais do que fofuxa eu tentei caprichar mais na roupa pra não fazer feio nas fotografias, e ao fim do modelits, eu me olhei no espelho e me achei uma pessoa agradável de olhar. Não bonita, porque bonito ou não é conceito de quem vê. (acho eu)
E, poxa, eu vejo em tantos programa as pessoas falando: ah, eu não ligo para a moda, visto o que é confortável. e bla bla bla bla
Abre aspas, acho que o conceito de moda e tendência anda bem misturado na cabeça de todo mundo, inclusive na minha. Acho que moda é o vestir com coerência, ou algo assim. E a tendência, essa sim vem e vai.
E o curioso é que, nesses programas de transformação, quando a pessoa fica bonita, chega a chorar, diz que tem mais autoestima (auto-estima?). Mas então espera aí, a moda/tendência importa! Poxa, então adimite que não é só conforto, que gosta de se sentir bonita.
Não que conforto esteja relacionado com marcas, é só que quando se tem uma roupa de marca, devido ao custo, ao nome e a tudo que investem, é de se esperar que haja qualidade e conforto. Mas é claro que não há como agradar brasileiros e argentinos (gregos e troianos detected? yep)
E, bom, além de tudo é muito bom ouvir um elogio, sobre personalidade(que eu acho que deve estar refletida um pouco na roupa), sobre o jeito de se vestir, de se comportar e etc e tal.
Ah, só para fazer valer o título da postagem, não é válido vestir algo in vogue que você se sente desconfortável só para estar no último grito das passarelas. Acho que moda/tendência é para todos, é só achar aquilo que mais lhe cai bem e favorece.
Para finalizar, eu lembro de ter visto uma reportagem do Clodovil, e quem fazia as perguntas era a Marília Gabriela e ela perguntou a ele o que era mais importante: moda ou saúde.
E ele respondeu: é claro que é a moda.
Não sei se ela esperava uma resposta dessas, mas perguntou a ele o porquê(tá, eu não aprendi a usar os porque's, perdão)
E ele disse: ora, se você está passando mal em casa e precisa ir a um hospital, você vai nu?

Achei o ó do borogodó ATORON

Bom, era isso
Ainda acho meio estranho eu falando sobre isso, até porque eu fujo de "tendências", como aquele amarrador que mais parece um fio de telefone, acho que só não procuro chocar demais as pessoas, até porque minha mãe sendo quem é não me deixaria sair parecendo a Lady Gaga.
Tá, acabei
Não escrevi tão bem quanto eu tinha elaborado na minha cabeça, mas estou meio perdidinha essa semana, e agoniada, tensa, angustiada, mil coisas. E minha criatividade e capacidade pra elaborar temas também não tá ajudando
But, como a cavalo dado não se olham os dentes, fiz o que fiz HAHAHAHA
Boa semana aí tios e tias
Qualquer coisa, nos encontramos em algum batlocal
Beijos, aloukaaaaa

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Rosas amarelas


"Sabe, leitor, eu gosto tanto de rosas amarelas, e não sei dizer-lhes o porquê. Não gosto muito de amarelo em roupas, unhas, tapetes, cortinas, paredes, vasos. Gosto em rosas, gosto do contraste que elas provocam no verde e no céu azul, da suavidade das voltas das pétalas, da maneira estranha de como ela não é vermelha nem rosa. Ora, vermelhas são apaixonadas demais e rosas são meigas demais. As amarelas, não. Elas são indefinidas, são de amizade, são de puro carinho, é impossível não vê-las. Quando as rosas amarelas 'substituem' as vermelhas, elas querem dizer tão além de puro amor! Eu as vejo como se quisessem mostrar que além de amor, de cuidado por ela ser tão delicada por natureza, que há um que a mais, algo que não se explica, que quanto mais se usa as palavras, mais longe se fica do que se quer de fato dizer. Assim confuso e por não ter palavras, chama tanta a atenção, e não chama a cobiça.
Gosto também de, além de ser amarela, quando ela não se abre por completo, fica realizando suas voltas individuais pelas pétalas tão juntas e macia, mas ao mesmo tempo faz com que seu desenho não perca a beleza de outra rosa tão grande e tão aberta. Ela nos convida a admirar suas cores, suas voltas e sua forma delicada e, me parece também, ao mesmo tempo imponente, de presença!"
Autor desconhecido
Zoooooooooa, sou eu AHAHAHAH. Pensei em assinar com um pseudônimo, mas quero não. Vai que alguém também gosta de rosas amarelas...
beeeeijos e perdão pela sumidinha

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Todo labirinto tem seu minotauro

Ontem eu estava personalizando um presente e dei de cara com esta frase: Todo labirinto tem seu minotauro.

E é tão verdade, até o mais perfeito dos planos tem defeitos. Ou um defeito só, mas o tem. E se eu aprendi a lenda direito, o minotauro é o motivo para a entrada no labirinto. Mas entrar em algo desconhecido para encontrar algo mais desconhecio ainda e dar-lhe fim? É isso? E qual o propósito?
É só um minotauro, e tantos significados. É a falha, a busca, a chance, a escolha... é um motivo tão secreto que nem nós sabemos ao certo o porquê de estarmos buscando, almejando, planejando ou fazendo qualquer coisa que seja.
A falha: é o erro, não que isso signifique falta de acerto, é só um ponto preto em meio ao branco, é o lago do deserto, é a voz no silêncio, é o riso no choro. É o detalhe, a falta do que compõe um grupo maior. É o abismo que procuramos sem saber, e queremos a todo custo tampa-lo, mas ninguém nos contou que isto é impossível.
A busca: é o propósito, o reencontro dos trilhos do trem, é secretamente a aposta de tanta gente para que ao fim a tormenta chegue ao fim, é percorrer espaços desconhecidos atrás de algo que não se vê, não se toca, mas existe e espera por nós em algum lugar e que, ao encontrar, que seja o que Deus quiser. (ou quem você acreditar, só não encontrei frase clichê melhor).
A chance: é a esperança encubada, consentida, escondida, amarradinha e secretíssima. É a esperança de que a sensação estranha que às vezes aparece pare de aparecer e assim tudo acabe fluindo às mil maravilhas, que não haverá mais nós na garganta, um vazio e uma falta não-sei-do-que.
A escolha: é o mais abstrato de todos, é o ir e vir constantes, o silêncio e o barulho, o filme e o livro, a corrida e o cochilo, o inverno e o verão. É se dividir e se deixar dividir, é ficar em cima de uma corda e não saber pra onde ir, e que dó saber que ao escolher se descemos da corda ou continuamos caminhando(pra em algum momento TER que descer) que a escolha será feita e sem choradinha não tem volta, e que o minotauro nos espera no centro do labirinto.

Eu sou o meu labirinto e o meu minotauro. Assim, dando a mim mesma as minhas chances, vendo minhas falhas (e também tentando cobri-las a todo custo), e seguindo com o propósito que tenho em mãos agora, que pode não ser o mesmo amanhã de manhã. Infelizmente me mato todos os dias (meu labirinto enlouquecendo meu minotauro). Como? Ora, sempre que eu desisto de algo que eu sei que é essencial para mim. Sempre que sinto que tenho algo ao meu alcance e acaba indo embora, fugindo dos meus dedos e dos meus olhos, ficando inviável e eu precisando começar de novo, mesmo exausta, é nesse ponto que eu desisto. Desisto por segundos, se eu desistisse por tempo demais a felicidade desistiria de mim. E eu, acima de tudo, não sei e não posso desistir de mim mesma.

Agora eu me pergunto se o minotauro seria o mesmo sem o labirinto ou se o labirinto teria função sem o minotauro.
Seria?
Teria?

terça-feira, 23 de março de 2010

bem vindo a um mundo de asas, sorrisos e gestos

é longo, mas é tão lindo

Às vezes as pessoas mais dedicadas e românticas e irreverentes e apaixonadas e revoltadas e incontidas e teimosas, como eu, que cultivam a mesma paixão pelo fora do comum e pelo ser humano, só para que o resto do mundo possa aceitar, apoiam-se na sua consciência. Querem, a todo custo, que lhes baste a fidelidade à ela, e fazem com que baste essa mentira quando, no fundo, estão dedicando-se a outra criatura que na maioria dos casos tem nome, telefone e endereço. Dedicando-se, for real. Dedicando-se a uma pessoa que não precisa ter os nossos princípios e ideais. Tanto faz pra nós.
É estranho tentar explicar esse sentimento que cresce dentro da gente.
Talvez não seja possível explicar, só sentir. E quem sente saberá que nunca mais na vida se sentirá sozinho ou sem valor. E não, ficar longe não adianta nada quando os sentimentos e sentidos e qualquer tipo de percepção já estão involuntariamente ligados a essa pessoa. E não é um mosaico de qualidades que já conhecemos em outras pessoas. Somos tomados por qualidades diferentes, medos diferentes, visões diferentes, é incrivelmente HUMANO, tão sublime e imaculado que nos prende.
Certa vez li que existem inúmeros motivos pra não amar uma pessoa, e só um para amar. Não precisamos descobrir esse motivo para, com o passar do tempo, compreender que pode ser muito mais fácil apontar o dedo para os defeitos dos relacionamentos alheios do que entendê-los realmente. Principalmente esse tipo de relacionamento, que às vezes não é recíproco e talvez por isso seja melhor denominado como sentimento... Um sentimento que pensa, que age, que tem vida própria, e que é movido por detalhes.
Os detalhes que, juntos, talvez formem aquele único motivo pro amor surgir. Só que é um amor diferente e nem por isso menos especial. Um sentimento que é um tanto auto-suficiente e nem um pouco egoísta, falamos de algo que, além de não necessitar ignorar os motivos pro não-amor (a indiferença), ainda consegue amá-los. Sem cobrar, sem exigir. Um sentimento que nasce todos os dias naquilo que ninguém mais entende. ‘Que nasceu na maneira como ele me olhou naquela manhã, pouco antes de eu pedir um abraço que uma voz soprava no meu ouvido que só ele poderia me dar, depois de nós percebermos que sentíamos as mesmas coisas sobre tantos aspectos do mundo, no momento em que eu percebi que ele era tão humano e frágil e bonito e sincero e nobre quanto eu nunca pensei que uma pessoa pudesse ser...’ Um sentimento que nasce nesses e em tantos outros momentos que eu não posso descrever nem citar, porque eu não vivi, não senti. Só quem vive um detalhe pode identificá-lo, mais ninguém no mundo todo.
Mesmo que acabe por encontrar alguém, como encontrar AQUELE peixe no oceano, que também não espera algo em troca ainda é difícil acreditar que é assim possível, que mais alguém em todo esse oceano compartilha desse amor supremo e tão diferente, tão auto-suficiente. E mesmo assim difere em tantos outros ramos, raízes, filamentos, e é isso que nos faz dizer que ninguém no mundo sente o mesmo. Talvez porque a pessoa seja diferente em ações, em detalhes físicos, em humores, em essência. E nós, que amamos assim, também temos anseios diferentes, aspirações diferentes, buracos também a preencher. É como se viesse para mudar, ensinar que “há muito mais entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia" (Shakespeare).
E é a partir desse amor, dessa coisa louca que brota e toma conta dos sentidos e por muitas vezes da razão que começa dentro da nossa própria história um novo capítulo que não tem prévia do fim.
E, se houver alguma fórmula mágica para este amor auto-suficiente, favor ensinar ao mundo o mais rápido possível. Talvez dessa forma haja menos amores distorcidos por conveniência ou por aparências a manter. E se não houver fórmula geral, então são fórmulas pessoais, com suas vontades e aspirações e uma incógnita (que será incógnita até o fim dos meus, dos seus, de todos os dias). Uma fórmula formada por detalhes, detalhes que se forem ouvidos por aqueles que não carregam o mesmo sentimento dentro de si não terão cor. Coisas pequenas que para nós tornam-se grandes, imensas, COLOSSAIS. ‘É aquele sorriso que se estende e você percebe que se esqueceu de puxar o ar. É no meio da tarde ouvir uma música, e ela se tornar sua trilha sonora (juntamente com tantas outras musicas que virão depois). É encontrar aquele “pedaço de céu” em outros lugares e lembrar-se dos componentes da fórmula e sem querer transbordar felicidade em um sorriso’. É estar absorto em coisas inenarráveis e inimagináveis, mas tão vivas e abrasadoras em algum lugar dentro de nós.
E por quantas vezes nós mudamos, e mudamos de novos, e somos moldados pelo que vamos aprendendo, e esse amor louco continua igual. Não deveria estar maior? Não, não há nada maior.
Só quem nutre um sentimento como esse que alguns carregam no peito passa a compreender as coisas de outras maneiras. Esse sentimento, apesar de extremamente urgente, é compreensivo. O que lhe é dado lhe basta e isso já é motivo para que as manhãs sejam todas cor-de-rosa, e as noites as mais estreladas possíveis.
E tantos outros dizem amar sem nada em troca... Às vezes é necessário parar e escutar um grito baixinho e cansado que pede por amor. Não que dar amor seja cansativo, mas somos humanos fracos e frágeis, talvez barro. É aquela velha história de ego e auto-estima. E agora, que loucura, não se ouve a voz gritar. Morreu? Cansou? Seria tolice pensar assim, ela só sabe, como cada célula do meu corpo, que ele me tem amor também.
Um ponto interessante que vale a pena grifar nesse furacão de informações sentimentais é que sempre há tempo. Tempo, aceitação e paciência são três das inúmeras faces que o amor pode usar para dar as caras na nossa vida. Há quem ame enchendo o saco, fazendo drama, mas no fundo não tenha a intenção de cobrar do outro coisa alguma. Isso faz do sentimento tão leve que a pessoa amada é colocada por nós em uma espécie de pedestal de onde pode elevar-se cada vez mais, ao ponto de ganhar asas e poder ser chamada de Anjo.
Asas de carinho, de um bom ombro, um bom colo, bons ouvidos, de paciência, de sorrisos, de vergonha, de mal entendidos facilmente consertados pois tamanha é a angústia que nos domina e grita como um alarme implorando para que alguém repare os danos.
Um anjo que nos ilumina, nos abençoa, nos ajuda e nos transforma, que faz uma pessoa querer ser melhor pra ver o outro orgulhar-se dela, alguém que pra nós é tudo, ainda que nunca venha a saber disso. "O amor só é bonito quando nos transforma no melhor que podemos ser", e esses anjos felizmente fazem valer as contradições pelas quais nos apaixonamos irrevogavelmente. Esses anjos valem a separação dos trilhos, apenas pelo seu reencontro no fim.
Meu sentimento preferido acaba por ver a sua própria vida de modo sagrado, e a da pessoa amada também. Ele entende de separações, de devaneios, de necessidades psicológicas, sentimentais e carnais, de desculpas, de saudade, de ausência e principalmente de presença. Ele sabe reconhecer a presença do seu anjo em todos os momentos, e sente como se mil mãos muitos fortes o espremessem quando pensa no que poderia realmente significar uma perda.
Uma perda sem fim e irreparável, uma perda que vai deixar um gosto amargo na boca, a visão turva e os sentidos cegos. Perder, e só. E nunca mais ter novas histórias para contar, novas palavras inesperadas para se emocionar. É como contar uma história sem fim. E há de se perguntar: ter e perder ou nunca ter?
Somos seres humanos, possuímos memória, passado, sentimentos, lembranças, história. Apagar todo mundo que passou pela nossa vida e não está mais presente é como apagar os nossos passos. Acabamos por ter nossa felicidade através do aval que o outro de uma forma ou outra lhe dá.
As pessoas estão ligadas a nós por elas mesmas. Pelos sonhos que tiveram ao nosso lado, pela esperança, pelo apoio que talvez nem saibamos que lhe demos, pela depressão da qual as ajudamos a sair ou por nenhum motivo explicativo, por simples empatia e detalhes. Para que essas coisas aconteçam de verdade entre duas almas não é necessário que dure para sempre, e ainda assim sempre dura.
Nunca ter, nunca SER o que se é agora, nunca conhecer algo tão forte. Porém, se não tiver como saberá que é forte? O buraco, o vazio, a angústia. Eles fazem lembrar que algo falta, mas não será possível por NUNCA TER. Haverá outras pessoas, outros sorrisos, outros abraços que podem sim nos dar lapsos de felicidade. Mas haverá lapsos para preencher tempo de uma vida inteira? Haverá mais alguém no mundo que tem exatamente o valor do que o anjo (agora) inexistente? Seria loucura se houvesse mais de um anjo para cada um. Viraríamos loucura. Porém nada pode garantir que não há mais de um anjo pessoal, mas o verdadeiro amor é, mesmo para quem discorda, fé. Quando se tem um anjo precisa-se acreditar que É ELE, pra sempre, SÓ ele. "no campo da razão não existe verdade absoluta, então prefiro acreditar no misticismo pra que esse amor seja verdadeiro"

(...)

Perder forever. Ser sozinho, alone in the dark. Pior do que tudo isso é a sensação de percorre o nosso frágil corpo quando caímos no abismo. O abismo que separa o ter do não ter, o momento em que tudo desmorona.
Ter e perder, ter entre os dedos e ver ir embora, ter um coração batendo loucamente e aos poucos ouvi-lo desistir, e sempre que acordar de manhã ter que lidar com o nó na garganta, a vontade literalmente insaciável de tê-lo entre os braços, a fenda enorme e profunda que ficará em todos os dias, todos os sorrisos, toda a areia da praia, todas as músicas tocadas em um violão. Mas a vida passa para todos, não é? Mas passa em qual sentido? O que ficou e o que realmente se foi? A felicidade se foi, juntamente com parte da nossa essência, o amor aos detalhes, o colorido dos dias, a sensação de doar-se muito mais de alma do que de corpo... Você mesmo vai embora, reduzindo-se não ao que era, mas ao que ficou pra trás depois da partida, depois de TER E PERDER.
Acordar, acordar chorando. De verdade, com o coração apertado, esmigalhado, esforçando-se pra respirar e bombear sangue outra vez. Só sonhar já dói. E não é uma separação, um desgosto, uma traição, nem de nada "resolvível".
E o que fica é a dor de perceber que nunca mais ouviremos uma voz, de ter todas as possibilidades, repentinamente, impossibilitadas. Quando nossa lógica nos pede para abandonar tudo, para pular do navio. Muitos barcos estão furados, mas continuamos a remar por vermos que o outro rema também. Mas, como fazer isso sozinho? Como olhar pro remo ali, abandonado, e continuar por si só?! Como, de repente, lembrar-se de todas as coisas boas e ruins e, jogar todo o nosso orgulho de lado ao percebermos que precisávamos delas, de todas elas, cada uma a sua maneira, sem tirar nem pôr?! Como lidar com tudo o que esperamos, vivemos, sentimos, entendemos, de repente, voando para longe tão fora do nosso alcance?!
Tínhamos-nos na separação amamentada pela raiva causada pelo ciúme. Tínhamos-nos na caixa de cartas. Tínhamos-nos até mesmo na desistência e, de uma hora para a outra, não ter mais. Aposto que tem muita gente aí dando um braço ou uma perna ou quem sabe até os dois pares deles pra tocar em uma existência outra vez, de alguma forma. Para poder despedir-se e dizer, com o que as palavras permitem e a dor não atrapalhe, o quanto é amado e o quando murcharemos dia após dia, sem que ninguém possa consertar isso. E como dói, como dói o arrependimento, como dói bater com um livro na cara e se chamar incansavelmente de idiota por não ter percebido coisas tão óbvias mais cedo, enquanto havia tempo.
Apesar de esse sentimento ser um inconformado em tantos momentos, a sua calmaria o difere em muitos outros da porralouquice de quem se apaixona. O mundo ao redor da pessoa querida não dói tanto. Não se espera e, quando se recebe, se é abençoado ao invés de atendido.
Um exemplo? Bom, passa-se a aceitar com mais facilidade a ausência. Porque se reconhece a verdadeira presença, a ausência consentida. E, apesar de doer a falta, compreende-se o contraste que há entre ter e não ter, o que muitas pessoas não conseguem enxergar e que torna tantos sentimentos tão superficiais e exagerados.
Há um vazio incompreendido entre ter e não ter. Muita gente tem mas não sabe, não enxerga, não valoriza. E às vezes perde tanto tempo assim que chega ao estágio final, a estaca zero: não ter, perde. Todo mundo tem muita gente pela vida, não é necessário ter um vizinho, manter contato ou juras e declarações de amor constantes, inconstantes também são inúteis. Tem alguém quem tem a certeza da ligação, seja ela qual for.
Ter alguém assim desse jeito é como recuperar um próprio ‘eu’ que não sabia que existia. É existir através de outra pessoa, conhecer o mundo que ela conhece, e com o tempo, por tê-la, ver o mundo como ela vê, conhecê-la do avesso, de lado, de trás pra frente ou apenas deixar que ela te conheça, que desnude até o mais profundo da nossa própria alma.
“Quanto mais a gente convive com alguém, mais próxima essa pessoa se torna de nós.” E dedicar esse tempo todo a alguém, seja seu protegido ou não, torna-se inevitável ficar mais próximos. E o melhor de tudo, é que quando ficamos mais próximos, conhecemos mais, queremos mais ser parte, poder cuidar, pôr em pedestal, tornar imaculado, deixar que o conheça, ver o mundo de outra forma... E aí a magia se inicia mais uma vez. Esse ciclo de anjo acontece o tempo todo. Acontece quando lembramos uma palavra que nos foi dita, quando olhamos algo cheio de recordações e, principalmente, quando o anjo surge daquela forma tão simples e única e os sorrisos vem, junto com a calmaria, a tranquilidade, o sossego.
É preciso que tenhamos em mente que não somos ‘em vão’, que há um propósito para tudo que fizemos, pensamos, as escolhas que tomamos e também quem caminha ao nosso lado e quem aparece e logo se vai. Às vezes criamos portos distintos nas pessoas, só para que a gente possa voltar e ancorar-se e ouvir algumas palavras, sentir carinho e amor. E os portos são assim distintos porque as pessoas também criam seus portos e são peritos em algo diferente em nós. Quem sabe quando nada for nada, quando sobre cada um de nós só sobrarem lembranças, os portos saibam o quanto os amamos, o quanto desejamos que nada os faça mal e que haja para cada um, um par de asas para proteger ou só para dar a certeza inconsciente de que se tem alguém para velar, até mesmo em silêncio. Porque o silêncio é a chave para encontrar-se, abrir-se e permitir que o mundo veja seu propósito, seu calor e a sua vontade de fazer parte do mundo, de ser para alguém o mundo.

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Preto: Denise Dantas Cassanego (http://www.sowellwellwell.blogspot.com/)

Vermelho: Marina de Oliveira Duarte (oi haha)

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Texto a quatro mãos, feito pela Denise e por mim. Acho que só fará sentido para quem tiver um anjo, ou para alguém que tem um sentimento tão forte encubado.

Iniciamos esse texto há muuuito tempo atrás, acho que em janeiro, mas nunca terminamos. Por falta de tempo e ao fim por problemas pessoais. Enfim acabamos *-* aeeeeeeeeeeeeeeeee

Se possível, LEIA, nós nos esforçamos muito não pela estética, nem pela gramática, mas sim pela respiração dessas linhas que, antes de condensarem-se em palavras, passaram por toda a nossa corrente sanguínea, e queremos dividi-la com o máximo de pessoas possível, inclusive você... Obrigada se nos permitir dividir com mais alguém o nosso relicário. (by Denise)

Quem puder, quem estiver a fim dessa vez eu peço p/ que diga a nós o que achou do texto, foi muito empenho e muita vontade de mostrar o nosso pedaço particular de sol diário.

Beijos e queijos

Beijo pro Mô *-* (ee cunhads)

Fui (fomos, não sei bem haha)

terça-feira, 16 de março de 2010

Loucuras à parte...

ninguém é normal. Eu acho. Eu não sou.

Que dia é hoje? 16 de março. MARÇO. E qual é a palavra proibida pra mim: vestibular. EM MARÇO, uma puta sacanagem na minha opinião. Vale a pena dizer que eu fiz UFSC ano passado por experiência, e coisas assim importantes não costumam me deixar tão nervosa a ponto de me atrapalhar. E eu fui muito filhadumaégua, me mexi na carteira o tempo todo, fiz barulho com embalagem, ficava olhando pro nada bem tranquila, me espreguiçava, cheguei até a dar uma dormidinha. Neguin de certo se apavorou com a minha tranquilidade e achou que eu era a master nas galáxias naquela prova(há, roubei a expressão de alguém que nem lê isso aqui quando eu não peço MUAHUAHUAHUA). Mas não, eu estava era realmente testando a minha sorte e o que eu sei, porque eu não estudei nada com coisa nenhuma pro vestibular, só li um livro dos oito que foram pedidos. Tá, minha mãe quase voou no meu pescoço porque fiquei abaixo da média em português e nem adiantou dizer que gramática na UFSC é lenda e eu não li os livros por (preguiça) motivo desconhecido.
Final de semana meus dois amigos perguntaram se eu já tava muito estressada com o vestibular, e OS DOIS disseram que depois piora. Tá, então é um tipo de ritual, é isso? Uma coisa muito cruel. Caramba, a gente já fica na nóia por causa disso tudo, e pra "ajudar" ainda tem o colégio, os pais, os amigos que passam de primeira e os pais adoram comparar ("mas mãe, fulano não conseguiu" "não quero saber" - claro né, ela só pega como exemplo a nata do high society, os mais lerdinhos ela não quer nem saber, sim sim eu já conheço esse discurso de cor).
Tá certo que eu só pego no tranco a base de pressão, então eu nem reclamo muito sobre os professores darem uma faladinha nas aulas, buut minha mãe em pleno final de semana me mandando estudar três horas por dia sendo que eu acordei 5:30 da manhã de segunda a sexta, aí ela força o amor materno.
E o mais engraçado aqui em casa, é que se eu fico tensa sobre não passar, ela me diz que paga cursinho ano que vem. O que eu acho uma excelente ideia, por mim eu só aproveitava o terceiro ano, formatura, banda, vestidos, luau, dia D, coisinhas assim... mas as vezes se eu entro em pânico ela começa a dizer que eu não estudo o suficiente, que eu não vou passar, e que se eu não passar vou trabalhar na loja com ela e estudar adm com o meu pai (sim, meu pai é professor de marketing, oi pai, te amo ). WHAAAAAAAAAAAAAAAAATAAAAAAAAAAAFUUUUUUUCK?
Só tem uma coisa mais louca do que vestibulando, é mãe de vestibulando. Tá, pelo menos a minha ._.
E caramba, quem estuda comigo sabe que a matéria tá bem fácil até agora, e isso me assusta porque sei lá, eu não me dedico taaaanto, gosto de pegar a apostila e ler, sem a preocupação de decorar ou entender cem por cento. Mas e se eu me foder? Devo parar a academia, as saidinhas, as dormidinhas depois do almoço? Devo desistir de ter um final de semana tranquila e entrando nos meus eixos desemparelhados há dois anos?
Eeeer, eu vou é ficar mucho dodja com isso todo, e nem são as dorgas (rirairairairiariariairiar).

Tá, eu não sei o objetivo desse texto. Um deles é não deixar que o blog fique tão parado, mas o motivo de acrescentar algo a mais acho que não deu certo. É uma coisa que todo mundo sabe, que todo mundo(genericamente falando) passa. Só, bom, espero que aconteça o que for pra acontecer. Se eu passar em jornalismo, ótimo. Se eu passar em cênicas, excelente(e não mãe, pela milionésima vez eu não vou morrer de fome). Se eu passar em jornalismo e cênicas eu vou chorar até derreter ou até alguém deixar eu cursar as duas. E se eu não passar em nada, (fudeu) aí depois a gente decide o que vai ser. Eu só espero que eu não tenha que abrir mão de tantas coisas, principalmente para os meus planos pós páscoa, né sis?

Tchau galere, e beijo pro Gabri hahaha
AAAAAAAAAAAAAAHHHHH, eu fui ao stand up Tamo junto! do Marco Luque, mas isso é tema pra outro post.
Fui, vou estudar, de novo D:

quarta-feira, 3 de março de 2010

11 fatos - ou pelo menos os meus fatos

*um texto desse não há começo, são só frases que têm a mesma "aparência" (esqueci o nome correto disso)*


Quando você sorrir, deixe que as pessoas desvendem e decifrem o seu sorriso à maneira delas;

Quando você chorar, permita-se ser vulnerável e deixar que alguém impeça suas lágrimas de tocarem o chão;

Quando você começar a ler um livro, vá até o fim. Muito se perde quando desistimos no caminho;

Não junte todas as pedras do seu caminho para no fim construir um castelo. Pedras demais, peso demais;

Nada se vai por acaso, nenhuma noite de insônia é em vão;

Quando passar pela cabeça desistir de quem você ama, pare de pensar. Desistir de alguém assim é desistir de si mesmo;

Quando alguém disser que ama você, não peça para que faça o contrário. Dói demais e é irracional demais;

Quando disser que odeia algo, tenha em mente que não é cem por cento verdade. O ódio corrói, a indiferença não;

Não faça das pessoas degraus, todos eles são iguais a você. Se mesmo assim quiser apoiar-se, que as pessoas sejam o corrimão, que acompanha você e te dá suporte caso haja algum contratempo;

Quando traçar um objetivo, tenha certeza que o traço é firme e que haverão pessoas que guiarão a sua mão, seus passos, seus olhos. As pessoas que amam você por várias vezes serão mais necessárias do que aquelas que você ama;

Nada é em vão, ninguém que aparece na vida é em vão. Todos deixam um pedaço de si e sem que a gente permita levam uma lição de nós.

~*~

Não é preciso espalhar tais fatos, são os meus fatos, aqueles que eu acredito e em cada um deles eu estava pensando em alguém.
Saber o quanto se aprende talvez nos dê uma margem de quanto alguém conseguiu aprender conosco e assim mudar e se moldar aos novos fatos.

(vou tentar manter o blog toda segunda, prometo prometo)
eee sis, também amo você

E aí, quais são seus fatos?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dividindo um pedaço de mim

(vou dar uma fugidinha do tema principal do blog, mas preciso desnudar o pedaço mais lindo das minhas lembranças cravadas fundo na alma)

Essa hora da noite e eu no msn, mas ainda bem que me trouxe bons frutos dessa vez.
Denise me veio com seu blog pra ler (http://www.sowellwellwell.blogspot.com/) e eu comecei a ler até que li a palavra chave: anjo. Bom, há quem tenha seu anjo na vida, e eu tenho o meu. E quem tem um anjo sabe o valor que ele tem: incalculável e inexplicável, óbvio.
E além disso, há aqueles que não recebem o 'título' de anjo mas sem dúvida esculpem em nós de uma forma livre e única.
É a melhor coisa do mundo amar um amigo. Amar racionalmente e mesmo assim incondicionalmente. Às vezes se ama tanto, que não se é mais amigo. Vira parte do outro, sem que ele saiba ou sinta-se invadido, é preciso beber do que o faz feliz, e vê-lo feliz é só o que importa, mesmo que seja contrariando o seu conceito de felicidade para ele. Meu anjo pra mim é assim. E eu me sinto parte dele sem que ele saiba. É segredo, afinal meu anjo é humano e talvez seja tão turbulento quanto eu nessa vontade de ser parte, de ser tudo em um só, de proteger entre meus braços quando algo não corre bem.
Quem lê esse blog deve ter notado que este é meu assunto favorito.
E quem me conhece sabe que sou intensa, viva, forte e faço TODA a questão de marcar diferente todo mundo que o afeto me afeta.
(...)
Outra parte produtiva do msn foi essa:
"venho aqui desabafar, contar como ta. As vezes nem o povo mais perto daqui é assim comigo"
marquei mais um, ponto.
Mas, como assim? Que ponto? É um jogo?
Não, é claro que não é um jogo, não sou tão fria assim a ponto de jogar com almas que vivem e sonham assim como a minha.
Mas bom, eu marquei meu amigo, marquei outro lá, e outra, e outro, e outra...
Começo a acreditar em mim, já que é um número signicativo que me diz que eu tenho esse jeito/dom/sei lá o quê que faz isso.
E é tão importante saber que de alguma maneira estamos 'nos desfazendo' na memória dos outros, como a trilha de migalhas de João e Maria, talvez até com a turbulência da história.
Que turbulência? O caminho que não sabemos que estamos marcando alguém. E todos que marquei me disseram isso, e a revelação dessa noite me assustou. Sabe quando se deseja muito marcar alguém mas não sabe se isso acontece, e eis que a pessoa vem te revelar? Então, pensa no susto do pobre coração aqui.
Mas há algo que me aquece sempre que leio, e que é algo tão pessoal, mas de tanto valor que acho egoismo guardar tudo pra mim.
É uma carta e a resposta dela. Minha para meu ex professor de inglês do Tendência.
Em resumo na última oportunidade que eu tive eu descobri que ele era INCRÍVEL (assim mesmo, bem grande) e que eu setiria falta dele.
Fui somando todos os pedaços, quando ele ajudou meu amigo, quando deu aula, quando brigou comigo por eu não ficar quieta e tal...
E ele disse que a música que ele cantaria falava de amores a distância, e que era para nós (segundo ano) que não seríamos mais alunos dele.
Se mudei a carta, foi pouco. Mas o que eu quis dizer está intacto entre histórias pessoais (ainda em mim).

Abro para vocês então o meu relicário

“Hey there Delilah
don't you worry about the distance
I'm right there if you get lonely “

Primeiro, Miguel, quero dizer como me senti antes de tudo: quando vim estudar no Tendência este ano eu fiquei apreensiva já que estudei a vida inteira no mesmo colégio. Sabia que sentiria falta dos meus professores, dos meus amigos, de toda a minha rotina. E senti, mas aprendi a fazer deste colégio, assim como os professores e amigos, meu lar e família. E foi com a sua música no dia 13 de novembro que eu pude perceber e ter toda a certeza do quanto eu me apeguei a tudo que aconteceu este ano. E é claro que muitos deles eu verei ano que vem na sede da Vidal Ramos, mas eu não verei você.
Apesar de eu nunca ter dito, nunca ter demonstrado, ou até mesmo ter deixado pistas feito uma caça ao tesouro eu gosto muito de você e admiro a maneira como dá suas aulas. Se nunca disse, digo agora: você não apenas explica a matéria, você administra toda a aula com todos os seus exemplos, desde o Kildare até o seu apartamento vazio.
Sentirei sua falta ano que vem, falta das suas aulas e de você como pessoa, que sempre se mostrou solícito e disposto a ajudar. Peço desculpas por ter levado um ano inteiro para perceber o quanto você conseguiria me marcar.
Espero que com essa carta eu consiga transmitir toda a felicidade e até um pouco da angústia que senti ao ouvir você tocar e também que essa ‘história’ lhe ajude nos exemplos para aulas
futuras.
Beijos de uma aluna que levará para a vida inteira quem foi Miguel Arcanjo.

sua resposta:

Gostar não é a palavra. Vou ter que inventar uma nova palavra que represente a emoção que senti. Nossa!! E não foi só eu: Sheila, Marisa, alguns professores... todos se sentiram tocado com o que você disse.
Você simplesmente é um dos melhores seres humanos que já conheci. Muito obrigado pelas suas palavras, pelo seu carinho e consideração!!
Quem dera o mundo tivesse um pouco mais de pessoas com as suas características: pura, doce, INTELIGENTE, simpática e que parece ter prazer em fazer diferença positiva na vida das outras pessoas.
Te agradeço mais uma vez. Obrigado mesmo. Foi de certeza a melhor carta que um aluno já me escreveu, nos 12 anos que venho dando aulas!!Boas férias e continue sempre sendo essa pessoa maravilhosa que você é!!
Te amo de montão!
Um beijo imenso e saudoso.
Sinceramente,Miguel Arcanjo

e o vídeo para quem entende essa história de anjo, de deixar-se cativar, ou somente sentiu-se atraído com meu pedacinho de lembrança

http://www.youtube.com/watch?v=AqVxfsLAC10
(não, não sei colocar no blog, clica ali)

To de saída, quando sair apaga a luz
Beijos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

você tem algo a dizer?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Por todo mundo

Harry Potter (Joanne Kathleen Rowling), A menina que roubava livros (Markus Zusak), O caçador de pipas (Khaled Hosseini), Crepúsculo (Stephenie Meyer), Onze minutos (Paulo Coelho), O código Da Vinci (Dan Brown), e tantos outros. O que eles têm em comum? Tá, dizer que são livros não vale. Eles não são apenas livros, são best sellers. E o que isso muda? Pra mim muda tudo. E ao contrário do que parece ser, eu fujo (ou tento fugir) desse tipo de livros, principalmente quando a moda estoura. É como se fosse um pré conceito com aquilo que é "comum". Eu amo ler e por isso tento os livros que nem todos leem. E é claro que fico na curiosidade sobre os best sellers. Leio antes que vire moda ou espero que a moda passe.
Mas eu nunca fui tão inflexível como eu fui para ler a saga do Crepúsculo. Eu comecei a ler este ano. E bom, eu li em três dias. Vinha uma vontade louca de folhear as páginas do livro, de passar os olhos por cada letrinha, de entender o que era "esquecer de como respirar", "pele de mármore", "sorriso torto" e essas coisinhas, detalhes pequenos mas que fazem um livro ser ou não agradável. E Crepúsculo era, e eu me emputeci.
Oras, sou chata, odeio me render a modinhas. Mas tudo isso me fez lembrar que sucessos não são sucessos porque foram sorteados. São sucessos porque agradam, cativam, prendem, fazem com que a gente deseje bis. E não são só livros, são filmes, músicas, novelas, peças de roupa, frases, poemas, pessoas.... Ah, pessoas! Adoro pessoas best sellers *-* Acho que eles nos motivam em muitas coisas, nos fazem querer chegar ao melhor que podemos ser em algo.
Acho também que os desafios nos motivam. E sucessos são desafios. Para alguém que canta, é aquela música que não para de tocar. Para quem escrever, um best seller. Para quem atua, uma Fernanda Montenegro da vida. Para quem modela/desfila, uma Gisele Bündchen da vida. Para quem joga, o rei... e assim vai, nos motivando, nos fazendo sonhar, desejar chegar ao máximo, ao limite positivo daquilo que podemos ser.
E para chegarmos ao auge é necessário render-se, como eu me rendi, à tudo aquilo que move milhões de pessoas e entender o que as toca, ou o que nos toca. Porém sem esqucer dos 'quase excluidos'.
'Quase excluidos' são aqueles que, assim como os tantos outros livros que li, ainda nos agradam, dão horas prazerosas e marcam suas palavras ou jeito em nossa memória.
Filtrar sim, porque até aquilo que julgamos não ser bom nos convida a conhecer e entender aquilo que não nos cativa. Afinal, não é possível agradar gregos e troianos.
Aprender por fim. Aprender os caminhos de como chegar, o que evitar, o que procurar e a intensidade ao desejar.

De-se-jar, desejar a fundo, com força, com verdade e principalmente com vontade. Quem sabe um dia seja possível mover as montanhas que existem entre o agora e o sonho.

Beijo manda email :*

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

É hora da revisão

Ihuuuuuuuuuuul, primeiro post do ano
AEAEAEAEAEA *-*
passou passou.
Ready? Go!

Antes eu queria perguntar: alguém fez lista de metas pra 2010? Eu fiz, bom, mais ou menos. Fiz mental sabe? Mas só coisas bem importantes tipo arrumar dinheiro, estudar bastante e ser uma boa menina
(momento OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOWN -n)
Fui viajar nessa virada de ano, mas fiquem tranquilos não vou fazer desse post um diário virtual. É que, na volta pra casa, fomos ao museu da língua portuguesa e lá na árvore das palavras (não lembro se o nome é esse, se alguém souber favor me corrigir ou ratificar) eu fiquei lendo as muitas palavras que tinham ali e as variações que foram ocorrendo até a lingua portuguesa, e quando eu bati o olho em uma delas eu congelei. Minha cabeça deu um zilhão de voltas feito filme sabe, que passa vários traillers na cabeça da pessoa, porque essa palavra em português é exatamente a mesma do que ela era desde o começo em latim. E a palavra era


A

M

O

R
Relaxem, eu não vou falar do sentimento amor. O que achei legal/engraçado/curioso/ ? é que pra nós amor é amor desde o começo. E o que mais é igual desde o começo? E o que mudou?
Sabe, acho que essa virada de ano deu uma virada nas minhas ideias também. Estou super aberta a novas sugestões, novas amizades, novos lugares, novos desafios. Antes assustava muito pensar que esse ano é o tenebroso terceirão, que depois disso vem faculdade (porque eu vou passar de primeira -q) e que o mercado de trabalho me espera. Eu praticamente tinha surtos quando pensava em tudo isso e agora isso tudo me anima tipo, MUITO (o Victor que o diga hahaha).
E o que isso tem a ver, cáspita?
Bom, lamento, mas eu não sou o amor. Eu não sou a mesma desde o começo. Quem sabe quando eu chegar ao fim eu seja a mesma do começo, feito o amor (sem dentes, usando fraldas, comendo pastoso e precisando que alguém limpe minha bunda; é esse meu começo?).
Tem uma certa pessoa que amo muito (que não lê esse blog, mas ouve porque eu leio para ela ) que nas últimas semanas eu tenho chamado bastante de inflexível. E agora eu já tô achando que a inflexível era eu por evitar tanto as mudanças.
Mas ainda bem que eu tenho um jeito meio porralouca às vezes e me dá um ataques de ânimo total e super gás para correr atrás das coisas que eu sei que quero muito, mas vivo freando a mim mesma por saber que eu nunca gosto das coisas mais fáceis, eu atraio desafios eu acho.
Uma coisa eu quero, e muito, ter igual ao que eu tinha no começo quando eu chegar ao fim: sorrisos ao pensar em mim. Não quero sorrisos por amor, quero sorrisos porque de alguma forma eu fiquei, marquei, existi. Quero ser essência, e não aparência. Quero, quero muito ser o melhor que eu posso ser, assim como minha mãe queria que eu fosse no começo, no começo no latim do amor.
Ou quem sabe, ser de outro jeito, como Monteiro Lobato escreveu:
"A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda,até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas.
Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"
(Memórias de Emília)
Enquanto eu não for hipótese, se possível quero ser certeza.
Dá pra ser ou tá difícil?