aviso antes de tudo: é provável que as palavras aparentem soltas e sem ligação entre elas, e é claro que a culpa é minha por estar tomada de coisas que não sei o que são, só sei de onde vieram. Queria poder pegar em pena (tipo Shakespeare, assim lindo *-*)e escrever tudo que precisa ser escrito. E mais do que isso, queria que fizesse a aqueles que persistem em não ver o óbvio VER, enfim.Não me sinto bem quando vou escrever assim. Mas acredito que quando alguém está com raiva, a escrita é melhor do que a voz. Porque a voz entra e sai. A escrita não. Permanece ali imóvel, intacta. E quando a raiva passar, poderá ler. Não acho que isso aqui seja completa filosofia porque penso que tenho os pés bem presos ao chão já que não digo 'te amo' à toa. Me sinto a melhor pessoa do mundo cada vez que meu amigos me dizem que estão felizes. Porque eu os amo e 'permito' que sejam felizes sem mim. Porque eu
não sou a essência de ninguém, a não ser a minha própria.
Eu não queria começar com o mesmo tema que já falei outra vez, mas juro que ele não será o foco, mas foi a partir desta situação que tudo começou.
Você ama alguém? De verdade? Esse alguém está contigo? Se não estiver, você admite que ele/ela seja feliz com outra pessoa? Não? Então você simplesmente
NÃO ama. Isso é desejo de posse, além de um puro egoísmo e egocentrismo da
sua parte, que feio!
Dói ler isto, não é? Bom, se dói é porque em parte você concorda. E aqui vai meus parabéns, já foi o primeiro passo rumo ao que chamam de amor
(eu chamo de sensatez). E esta é a verdade, ou pelo menos a
minha verdade. Porque a verdade é uma só: a verdade
não é uma só.
E honestamente falando: como você espera que tudo comece a fluir normalmente se você distorce seus sentimentos e não consegue ser verdadeiro com você mesmo? Se nem pra você que não é necessário fazer justificativas verbais você consegue ser verdadeiro, como o será com os outros? Se houver uma maneira, ensine a mim. E ensine ao mundo também.
Não quero que tudo isso pareça sentimentalismo, melancolia, fraqueza ou desamor. Mas o fato é que é triste tentar fazer alguém ver e mudar, uma vez que a mudança é só uma consequência. E o pior é quando não se quer mudar. Garanto que há muita gente que se pudesse virar alguém do avesso, o faria se isso fosse o melhor. Mas sabe muito bem que não é mãe, muito menos Deus.
E como fugir do tema amor que eu acabei expondo ali em cima? Então, o meu foco é esse: não querer ver, não querer ouvir, não saber julgar a si mesmo e novamente colocar a culpa nos outros. Bato infinitamente nessa tecla porque sinceramente acho que se fosse para depender dos outros a vida inteira nasceríamos com um monte de gente pendurada em nós. Mas não, nascemos sozinhos,
chorando e completos. Porque inconscientemente sabemos que colocaremos a culpa da "falta de felicidade" em alguém e esse alguém vai chorar, e aí a merda já tá feita. Ninguém precisa de metade da laranja-humana nenhuma. É falta de capacidade nossa colocar nos ombros de alguém de carne e osso o fardo de nos "completar". A real felicidade não está em alguém, está em detalhes, coisas pequenas. Só está em alguém porque colocamos na cabeça que estaria. Falando em cabeça, JURO que às vezes a minha vontade é abrir a cabeça de alguns teimosos, colocar essas palavras ali dentro, fechar, chacoalhar pra ver se entende de uma vez.
Ah, e não quero de maneira alguma me passar por santa, até porque acho os pecados fascinantes
(entenderão melhor em novembro, eu garanto). Eu não quis ser assim, mas a minha fraqueza maior é meu coração que grita e faz auê quando alguém chora. Não admito que ninguém no mundo seja triste. E apesar disso, apesar dos absurdos e disparates que tive que ler hoje, meu coração não dói mais. Falo dor mesmo, física. Porque doía de verdade quando eu ficava completamente triste
(e João, eu sei que deveria ser hipotálamo, mas a minha dor é no peito mesmo). Espero que de tanto sofrer pelos outros eu não tenha matado o meu próprio coração e que agora ele não seja só um simples órgão que me mantém viva.
(...) Uma pausa. Um lindo fragmento:
"Merda de vida? Mas que ingratidão! Seu coração, nesse instante, deve estar querendo rasgar seu tórax e protestar com lágrimas de sangue o extermínio da vida! – Não! Não! Tenha compaixão de mim! Eu bombeei seu sangue incansavelmente, milhões de vezes. Supri suas necessidades... fui seu servo sem reclamar. E agora você quer me calar, sem nem me dar direito de defesa? Ora... eu fui o mais fiel dos escravos. E qual é o meu prêmio? Qual a minha recompensa? Uma morte estúpida! Você quer interromper minha pulsação só para estancar seu sofrimento. Ah! Mas que tremendo egoísta você é! Quem me dera eu lhe pudesse bombear coragem! Enfrente a vida, seu egocêntrico!” (...)
E se depois de tudo isso você ainda insistir que ama, e a outra pessoa só será feliz com
VOCÊ, eu insisto para que você me convença disto.
Mas como assim não pode? Ah, vamos lá.
Falta palavra ou falta homem?